quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Festinhas de encerramento!

Como eu sou uma professora legal, fiz festinhas. Assim eu não precisava gastar dinheiro com lanche na cantina.Rá!



Foi muito legal. Comemos bastante! A 8ªA e C também fizeram festinhas. Mas infelismente eu não levei a máquina. :(

Por sinal, a 8ªC trouxe tanta comida que conseguiu alimentar TODA A ESCOLA! Não é exagero. Chegava muita gente lá para comer e conseguiam repertir. Foi tanta comida que até sobrou. Até me deram um bolo inteirinho... Ahahaha A Mayara e a Tayná organizaram tudo direirinho por lá. Gostei mesmo.

Na 8ªA as vandalas jogaram bolo até na lousa!!!!!

A 8ªD fez uma festinha bem legal também. Seguem as fotos abaixo.
Bem, bom final de ano pra todo mundo e se tudo der certo, estaremos aí novamente em 2013. :)

Alguém se esconde lá atrás. Acho que é a Winy ou é a Sandy? Sei lá, são clones.


Milena atacando alguma coisa gordurosa.


Momento cerejinha kkkkkkk Sempre Walef!!!

João Paulo e Daniel (de penetras!), Kelvin, Vitor e Igor :)

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

"Olha o lobo debaixo da pele do cordeiro"...

"... CUIDADO.... VAI TE DEVORAR!!!"

Cardeal dom Odilo Sherer

Já dizia nossa Irmã Sofia: Cuidado com as "armadilhas de Satanás" e com "o lobo debaixo da pele do cordeiro"!

Minha mãe me disse que eu podia comer dois potes de brigadeiros por dia, mas ela também disse que se eu fizesse isso, eu não passaria no portal dos deuses. Você pode também ficar sem escovar os dentes vários dias, desde que se adapte com um negro sorisso e dentes caídos.
Você pode fazer 3 cursos universitários, desde que não se importe em manter alguns pelos pubianos à amostra.
Eu posso chutar o pau da barraca e deixar cair na cabeça de todo mundo, só de sacanagem, no entanto, isso não me isenta de receber uma paulada dos caras que levantaram dalí.
Mesmo existindo um mais votado escolhido por professores, funcionários e alunos, Dom Odilo poderia escolher entre os três mais votados nas últimas eleições da reitoria da PUC - SP, mesmo que depois uma turba louca e revoltada invadisse a universidade e a reitoria, amontoasse as cadeiras no pátio, impedisse as aulas e gritasse por democracia.

As eleições para reitor da PUC-SP aconteceram entre os dias 27/08 a 31/08/12 e os funcionários, professores e alunos fizeram sua escolha. A universidade é católica, mesmo tendo como alunos um monte de gente doida, bêbada, os marxista-ateus, os metaleiros-satanistas e as garotas engajadas, ou seja, é uma universidade como qualquer outra, com sua típica multiplicidade. Claro que estes e outros não iriam aceitar que o cardeal nomeasse qualquer um que não o que foi escolhido pelos votantes. Lá no meu tempo priorizavam a democracia. Já aqui, neste mundo, sabe como é né?... Democracia e cristianismo parece que não combinam muito.


Já é difícil ser reitor. Imagina ser um reitor rejeitado pela maioria. Anna Cintra está sendo rejeitada. Para as pessoas normais, não teria dinheiro que sustentasse suportar uma situação destas.

A PUC-SP está em greve. Me lembrou a década de 70 no período da ditadura militar. Invadiram a PUC e meteram a porrada na galera. Só falta dom Odilo ligar para a polícia e pedir um reforço, iniciando a sua inquisição. Voltamos ao medievo! Se tiver caça as bruxas, não fechem os bares da Ministro Godói se não o bicho vai pegar... Ahahahahahah

 



Astral de Clio


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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Pagando mico por 3 pontos

Dia de sol na escola Profº Antonio Firmino de Proença...
A proposta era um seminário sobre os hebreus, os persas e os fenícios. Quando os grupos estavam devidamente divididos, Vitória R, Nicolly, Ramon, Eduardo, Giovana, Mayara e Juliana optaram por gravar um vídeo. (Seminário EAD? Ok, ok.) 
Houve até briguinha: 
- "Vocês roubaram nossa idéia!". 
Mas como o mundo é dos espertos, até aí tudo bem também.

O que fazer para impressionar a professora além de errar os textos que passaremos no vídeo, ler enquanto somos gravados e pronunciar umas palavrinhas erradas? 
- VAMOS DANÇAR!


E onde está a Mayara na hora da dança?!  Até imagino:
- "Isso eu não faço..."

Uma performance fantástica! Digna de contrato na Globo!
Troféus para:
- Risadinha do Ramon, aos 1:18
- A cara de tédio da Nicolly aos 1:32
- O "Mas já sabe, não deu muito certo" do Ramon 1:34
- Ao criador(a) da legenda por escrever "ezudo" 1:24 
- Ao vazio do Eduardo e a cara de "dãn" do seu harém 2:12
- A alguém com a camisa do Nirvana na penumbra (Poderia ser outra coisa né? logo Nirvana caramba! Ainda bem que não foi o Kurt Cobain.) 4:36

O que os alunos não fazem para receber 3 pontos...
Se bem que, eles até receberam os 3 pontos... Pela coragem e alegria!


 

Astral de Clio



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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

É... tá Russo mesmo Mano!


Não! Esse blog não tem a intenção de promover alguns politicos em detrimento de outros. E se for, o blog é meu e eu faço o que eu quiser caramba!

O caso é que estamos em prévias de eleições neste mundo bizarro e apesar de ter descido da minha alta morada há pouco tempo, essa coisa de política entre nós da Heláde é algo que se sabe de trás para frente. Mas este é um assunto para um outro momento.

Eu penso que o Celso Russomano só pode ter recebido mandinga dos seus opositores. Juntaram alguns ramos de bejoim, umas velas vermelhas, umas garafas de pinga da boa, umas galinhas pretas e fizeram um ritual rancoroso. OH Meu Zeus! Alguém ajude esse cara! Eu tenho acompanhado coisas ultimamente que são definitivamente inacreditáveis! Não é possível! Só pode ser pegadinha do Silvio Santos.

Todo político quer mostrar sua face de Cirilo e isso eles fazem de melhor: É a roupa engomadinha, o perfume suave e a cara de caridade. Mas poxa, por que fazem isso com o coitado do Russomano!?

Estava nosso excelentíssimo Russomano, andando pelas ruas do Brás na nossa querida capital quando dá de peitos cara com a Mulher Pera aí é dose, e ninguém é de ferro...

Bacharel em direito? Hum, sei. Caindo nessa? Hum, sei.

Quando nosso amigo Russomano ainda era reporter da Tv Gazeta em 1990, aproveitou-se do calor do carnaval para dar uma conferida em uma passista, vídeo que tem sim divulgado na internet esses ultimos dias. A classificação etária não permite. De todo modo, águas passadas não movem moinhos não é? Ou movem?

Velhos tempos da brilhantina. A classificação etária não permite.
O velho ditado diz que religião não se discute, ainda mais quando se é político, dando entrevista em horário nobre em vésperas de eleições! Poxa, isso é pergunta de se fazer? Claro que ia dar merda... O nosso amigo querendo defender todas as religiões, se embanana todo no jornal SPTV. Bolas, Celso Muçulmano, apesar de ser católico, defender a macumba e fazer parte do PRB, um partido que é republiCANAmente reduto político da Igreja Universal do Reino de Deus, é acima de tudo humano! Isso não é pergunta de se fazer.




Os candidatos adoram andar pelas ruas para sair na tv. Eles sempre estão a espera que os eleitores façam perguntas genéricas do tipo: - Mais o qui o doutor vai fazer pur nois na saúdi? E o sinhor vai dar vali gás pra genti? Vai ter escola di tempo integral pra meus mininos puderem ficar lá o dia todo? E todo político claro, tem todas as soluções para todos os problemas genéricos. Solução para educação, solução para saúde, solução para segurança, ahhhhhhhh ALL!!!  Menos, solução para encoxadas do tipo: ""Você vendeu sua alma ao diabo. O Edir Macedo está por trás da sua campanha. E pare de agredir a minha igreja!". Enquanto o Serra é beijado na boca sem esperar, o Russomano leva uma pedrada da tiazinha católica. Quando não, ele estaciona na faixa de pedestres... Caramba meu!




Tá Russo, Mano... Tá Russo. Encontrar uma tiazinha dessas em gravação ao vivo, não tem preço. Ainda mais estacionar o carro em local proibido, só pode ser mandinga (ou burrice?).





Acho que o Russomano precisa comprar alguma coisa para se defender. Sei lá, uma mistura de ervas, uns patuás, um amuleto qualquer. Essa triste fase provavelmente passará...
Russomano! Acredita em Deus que tudo dará certo! Deus do Valdomiro, do Edir Macedo ou do Dom Fernando da igreja Católica? Até nisso fica complicado. Que caramba hein?

Astral de Clio

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Alice se foi...


Alice se foi. 
E nós sabemos com ampla certeza que morremos a cada dia. Só não nos lembramos constantemente. Talvez por isso, não valorizamos o simples respirar.
É estranho essa sensação de perder um aluno. Existem alguns que nem com febre alta desistem de ir para a escola, seja para contar novidades ou simplesmente ir...
Foi tirada de nós uma parte daquela escola e não foi uma maçaneta ou pedaço descascado de pintura da parede. Foi-nos tirado um sorriso, uma fala mansa de uma garota que no meio de tantas outras, para nós era muito especial.

Alice tinha 16 anos, cursava a 6ª série na Escola Estadual Dulce Ferreira Boarin e faleceu na madrugada de sexta-feira, dia 31 de Agosto, por causas naturais.




Astral de Clio

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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Pesquisa escolar: Eis um artista!

Detalhe Soldado 1ª Guerra Mundial
Quando os professores pedem alguma pesquisa aos alunos, esperam logo um trabalho tosco! Não não, eu não sou otimista. E eu não estou exagerando! Vejam bem...

Se eles lembram de fazer a pesquisa em casa (e essa é uma porcentagem muito pequena deles), geralmente as páginas chegam sujas de pirulito, areia, café, caca de cachorro, meleca de nariz, molho de macarrão ou partículas de poeira estelar (?? o.O).

A grande maioria, quando lembra, faltam alguns poucos minutos para a professora entrar na sala e dizer: - Nada posso fazer por você querido... (MuAhahaha)

Detalhe Tanque 1ª Guerra Mundial
Em todo caso, existem os amiguinhos corajosos que conseguem com os amiguinhos cobaias, os trabalhos para copiar. E pior é que na maioria das vezes, os papéis chegam amassados, em folhas de cadernos com desenho da Pucca, da Bela Adormecida, quando o texto fala sobre bomba, avião e mortes! 
O Igor dos Santos, aluno do 9 ano A, da Escola Estadual Firmino de Proença, fez uma verdadeira obra de arte na capa do trabalho de pesquisa dele sobre o encouraçado na 1ª Guerra Mundial. O esquema era justamente que cada aluno escolhesse uma arma presente nesta guerra e desenvolvesse uma pesquisa.

Mas não foi só a capinha que ficou legalzíssima. O conteúdo foi muito bom, diga-se de passagem. 

Eu acho que vou pedir pra ele fazer as capinhas das minhas pesquisas na pós-graduação. Vai que meus professores aumentam minha nota né? 


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domingo, 19 de agosto de 2012

Monologos de um professor no domingo

Acabou-se o que era doce. Não é preciso o Oráculo de Delfos para prever este dia. O fim de semana está acabando! :(

Eles voltarão entusiasmados e cheios de vida, e definitivamente, os ânimos aflorados  não é por saudade do professor ou das aulas. Eles querem mesmo é contar aos amigos o que aprontaram no fim de semana, o jogo novo que zeraram e as fofoquinhas do  Facebook. Tudo isso claro... NA AULA!

E nós professores, como ficamos?!

Pensando nisso, produzi algumas frases, pensamentos e situações mais comuns dos professores em um domingo qualquer, afinal de contas, domingo é o dia mais comum para se pensar sobre o ofício!

6:40 am (Toca o despertador):
Hãn, o quê? Caramba, tô atrasado! Eu não posso mais faltar. Minhas cotas de faltas acabaram! Vou perder as aulas!
Idiota, hoje é domingo... Relaxe, relaxe... não estressa.
Olha como o dia está bonito... Posso até fazer uma caminhada. O problema é que eu posso não conseguir preparar as aulas de amanhã... É muito sedentarismo para uma caminhada. Se caminho um pouco mais, vem a dor e me deixa de cama o dia todo.
Será que o Felipe vai pra escola amanhã? Aff ninguém merece segunda-feira dá de cara com aquele garoto logo pela manhã.
Sabe de uma coisa? Não vou preparar aula nenhuma! Eles não aprendem nada mesmo... Vou perder meu tempo?

Posso pegar um cineminha... Vou ver que filme está passando no Cinemark...

Hum... não há nada que possa ver e relacionar com os conteúdos que eles estão estudando na escola. Pensando bem, eu não quero mesmo gastar dinheiro. Estou cheio de dívidas. Tenho que pagar o empréstimo. Professor ganha muito pouco. Pouco até demais para trabalhar no domingo.

Será que está passando reprise da novela? Eu nem posso falar isso muito alto. Professor não vê novela. Filmes educativos, filmes educativos...


Se eu não fosse professor, esse domingo era um convite para a balada, mas desde que me tornei professor não me convidam para lugar nenhum. Ser professor é o mesmo que contrair matrimônio: Todo mundo te esquece e te rejeita!

Estou mesmo sem amigos. Os meus amigos são outros professores tão cansados e ocupados quanto eu.


Quê zona está minha casa... Ou eu preparo aula ou eu dou um jeito nesta bagunça. Olha a louça... Louça de quinta-feira.

Já tem muito tempo que não cuido de mim. Olha minha cara! Se chego com essa cara de zumbi, os alunos dizem que sou desajeitado. "Olha lá o professor esquisito!".
Inclusive, deve haver alguma relação entre professor bonito e respeito. Sou feio e sou desrespeitado po!
Escola é depósito de feras e eu sou um domador de leões. Alta periculosidade... Deveriam aumentar meu salário por isso.
O único dinheiro que tenho está contado para as passagens da semana. Próximo ano não posso pegar um metrô e três ônibus pra ir trabalhar. 
Estou pensando até em comprar um carro. Aliás, deixa pra lá. Eu acho que carro de professor o seguro é maior, afinal, ou os alunos arranham ou abrem o portão do estacionamento da escola e mandam o malandro levar o carro embora.

Estou ficando nervoso... E quando estou assim, como mais que o normal... Desde que me tornei professor já tenho vinte quilos a mais.
Paguei a academia 3 meses adiantado. Mas só fui 15 dias no primeiro mês. A direção daquela escola me suga!

Por isso que me chamam de chato... Dizem que falo demais.
Cama e domingo combinam perfeitamente. Volto pra cama, tiro um cochilo de leve e acordo para preparar as aulas de amanha.
Se houver outra encarnação, eu quero ser secretário da educação! 

Astral de Clio




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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A Penélope de Hoje

Penélope tecendo, a espera do seu amado.
Hoje, ouvindo uma música da Loreena McKennitt, meus pensamentos focaram de repente na figura de Penélope. Sim, a rainha de Ulisses (Odisseu), que esperou por ele tantos anos. Ele deixou para trás algumas deusas do Olimpo para estar com ela, porque a amava. Deixou a Circe, Calipso e a própria Atena que certamente, sentia-se atraída por este mortal.

Além dele a amar, Penélope realmente o esperou. Apesar de diversos pretendentes estarem a seus pés, ela aguardou o seu retorno. Enganou todos os homens, prometendo-lhes que teceria uma manta para o marido e se o seu trabalho fosse concluído, e o seu Ulisses não tivesse retornado, escolheria alguém para casar. Ela tecia, tecia, tecia... Tecia uma manta que nunca terminava já que a noite, desmanchava parte do que havia feito. 

Ulisses voltou, e com Penélope viveu. Na Grécia antiga isso é realmente lindo, lembra-me os velhos tempos... Ai ai... Penélope é o verdadeiro ícone da mulher fiel.

Como a Cliozinha aqui, já não pertence aos tempos memoráveis da Grécia, volto a minha atenção a uma questão breve: Como seria a Penélope brasileira? 
Vamos deixar a questão da fidelidade de lado, afinal de contas, poucas hoje esperariam por um homem tanto tempo. Vamos focar nossa questão na figura da Nova Penélope.

Penélope Cruz
Penélope lembra-me a atriz Penélope Cruz. Foi a primeira coisa que achei na internet! Moça bonita, trabalhou recentemente com os mestres Wood Allen e Almodóvar. Enfim, grande candidata. Mas que pena... Acabei de lembrar-me que a moça é espanhola. 
Penélope MTV

Ah! Tem também a outra Penélope! Aquela da MTV! A moça que fala abertamente sobre sexo, que consegue falar de diversos assuntos, bem dinâmica. Ela é bem moderna e descolada. Bastante descolada... Pensando bem, ela é muito exceção. A moça com cara de pin-up, repleta de tatuagens e rosto de mulher sexy, faz parte de um grupo muito restrito de mulheres no brasil. A filha do Marcelo Nova, realmente não será escolhida.



Nossa, não me lembro de nenhuma outra Penélope, e se tenho que pensar em uma Penélope, pode ser qualquer uma, mesmo que não possua esse nome. Deve ser a cara da mulher brasileira. O reflexo da grande maioria, com todos os atributos de beleza, inteligencia, doçura e espiritualidade. 
E a escolhida foi...


Mulher melão em momento apropriado

"Empino pra tu, me chama de sua
Empino pra tu, sou tua mulher
Empino pra tu, me leva pra cama
Depois tu me chama do que tu quizer"
(Melão com sua poesia épica, "Empino pra tu")

Depois desta escolha significativa, sendo a senhorita Melão eleita como vencedora, reflexo da mulher brasileira na contemporaneidade, a nossa nova Penélope do Brasil, só me resta voltar para Penelope's Song de Lorena Mackenitt e pensar na Grécia antiga. Ai ai ai.



Penelope's Song (Tradução)
Agora que a hora chegou
Logo o dia terá ido
Lá na distante praia
Você irá me ouvir dizer

Tão longo quanto o dia no verão
Tão profundo como o escuro vinho mar
Eu guardarei seu coração comigo
Até que você venha a mim

Lá como um pássaro, eu voaria
Bem alto através do ar
Procurando nos raios do sol
Apenas para procurar você lá

E na noite quando nossos sonhos são silenciosos
Ou quando o vento chama a liberdade
Eu guardarei seu coração comigo
Até que você venha a mim

Agora que a hora chegou
Logo o dia terá ido
Lá na distante praia
Você irá me ouvir dizer

Tão longo quanto o dia no verão
Tão profundo como o escuro vinho mar
Eu guardarei seu coração comigo
Até que você venha a mim


Astral de Clio









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domingo, 12 de agosto de 2012

Leituras: A Odisséia


A “Ilíada” termina com a morte de Heitor e é na Odisseia e em poemas posteriores que ficamos sabendo o destino dos outros heróis.
A Ira de Aquiles -
François-Léon Benouville (1821–1859)
Tróia não caiu imediatamente à morte de Heitor, mas, recebendo ajuda de novos aliados, ainda continuou sua resistência. Por acaso, Aquiles viu Polixena, filha do rei Príamo, talvez por ocasião da trégua que concedera aos troianos para os funerais de Heitor. nquanto estava no templo de Apolo, negociando o casamento, Páris lançou contra ele uma seta envenenada, que, guiada por Apolo, feriu-o no calcanhar, o único lugar vulnerável de seu corpo.
O corpo de Aquiles, tão traiçoeiramente morto, foi recuperado por Ajax e Ulisses. Tétis aconselhou os gregos a entregarem a armadura do herói àquele de todos os sobreviventes que fosse julgado mais digno de usá-la. Os únicos pretendentes foram Ajax e Ulisses. Foi escolhido um grupo seleto de outros chefes para decidir. A armadura foi oferecida a Ulisses, ficando a sabedoria, assim, colocada acima da bravura, o que levou Ajax ao suicídio.
Tinha-se descoberto, então, que Tróia só poderia ser tomada com a ajuda das setas de Hércules que estavam em poder de Filoctetes. Filoctetes juntara-se à expedição grega contra Tróia. Paris foi à primeira vítima das setas fatais.
Tróia, contudo, ainda resistia, e os gregos começaram a desanimar de conquistá-la pela força e, a conselho de Ulisses, resolveram recorrer a um estratagema. Fingiram estar fazendo preparativos para abandonar o sítio, e uma parte dos navios foi retirada e escondida atrás de uma ilha vizinha. Os gregos construíram, então, um imenso cavalo de pau, que fingiram ser um sacrifício oferecido a Minerva, mas que de fato estava cheio de homens armados. Os troianos levaram o cavalo para a cidade. À noite, os homens armados que se encontravam dentro do cavalo, saíram e abriram as portas da cidade aos seus amigos. A cidade foi incendiada e Tróia completamente vencida.
A Procissão do cavalo espião em Tróia -
Giovanni Domenico Tiepolo, 1773
Helena, a Bela, causadora de tantos morticínios, foi recuperada e voltou aos braços de Menelau. 
Saindo de Tróia, os navios tocaram primeiro em Ismarus, cidade dos ciconianos, onde, numa escaramuça com os habitantes, Ulisses perdeu seis homens de cada navio. Partindo dali, a frota foi castigada por uma tempestade, que a manteve nove dias no mar, até que foi alcançado o País dos Comedores de Lótus, onde Ulisses, depois de fazer aguada, mandou três de seus homens descobrir quem eram os habitantes. Estes acolheram os marinheiros hospitaleiramente e ofereceram-lhes seu próprio alimento, o lótus. O efeito desse alimento era tal que aquele que o ingeria se esquecia inteiramente de sua própria terra e desejava permanecer para sempre naquele país.

Polifemo, o ciclope, 
devora os amigos de Ulisses. 

(Autor desconhecido)
Chegaram, em seguida, ao País dos Ciclopes, gigantes que habitavam uma ilha de que eram os únicos possuidores. Moravam em cavernas e alimentavam-se com o que a ilha produzia e com os produtos de seus rebanhos, pois eram pastores. Ulisses deixou ancorados os navios, com exceção de um, em que foi explorar a Ilha dos Ciclopes, à procura de provisões. Desembarcou com os companheiros, levando uma jarra de vinho para oferecer de presente e, encontrando uma grande caverna, lá entrou. Polifemo, o dono da caverna, chegou, com seu grande olho viu os estrangeiros e perguntou-lhes quem eram e de onde haviam vindo. Ulisses respondeu, com muita humildade, que eram gregos, da grande expedição que, recentemente, tanta glória alcançara na conquista de Tróia, e que se encontravam agora de volta à pátria; terminou implorando hospitalidade, em nome dos deuses. Polifemo não respondeu, mas, agarrou dois dos gregos, que atirou contra a parede da caverna, esmagando-lhes a cabeça. Tratou, então, de devorá-los, com grande deleite, e, após a refeição, dormiu. Ulisses não quis matá-lo pois refletiu que isso equivaleria à destruição inevitável dele próprio e de seus companheiros, pois a pedra com que o gigante havia fechado a entrada da caverna não poderia ser removida por eles que, assim, ficariam irremediavelmente presos. Na manhã seguinte, o gigante apanhou mais dois gregos e devorou-os da mesma maneira que a seus companheiros e saiu da caverna colocando a pedra no lugar. Ulisses preparou um plano para quando ele voltasse. Na volta o Ciclope devorou mais dois companheiro. Depois disso, Ulisses aproximou-se dele e ofereceu-lhe o jarro de vinho, dizendo: — Ciclope, isto é vinho. Prova e bebe depois de tua refeição de carne humana. Polifemo pegou a vasilha e bebeu, e, tendo gostado imensamente, pediu mais. Ulisses deu-lhe mais bebida, com o que o gigante ficou tão satisfeito que prometeu que ele seria o último a ser devorado, e perguntou-lhe o nome, ao que Ulisses respondeu: — Meu nome é Ninguém. Depois da ceia, o gigante deitou-se para descansar e não tardou a adormecer. Ulisses e seus companheiros haviam feito um espeto de madeira, colocou no fogo e acertou o único olho do ciclope. Aos gritos, Polifemo chamou todos os ciclopes que moravam nas cavernas em torno, e os ciclopes perguntaram o que acontecia. — Amigo — respondeu Polifemo —, estou morrendo e Ninguém me feriu. — Se ninguém te feriu — responderam os outros ciclopes — foste ferido por Zeus. Tens de resignar-te. Os ciclopes retiraram-se.
Na manhã seguinte, o ciclope afastou a pedra da entrada, a fim de deixar que o gado saísse para pastar, mas ficou na frente da entrada para os homens não saírem. Ulisses e seus companheiros colocaram as ovelhas nas costas. Quando elas passavam, o ciclope apalpava e sentia a pele em cima, e assim Ulisses e seus homens fugiram.  
A feiticeira Circe -
Giovanni Domenico Cerrini (1609–1681)
A escala seguinte de Ulisses foi a Ilha de Éolo, monarca a quem Júpiter confiara o governo dos ventos, que ele desencadeava ou retinha à vontade. Éolo acolheu Ulisses hospitaleiramente e, por ocasião de sua partida, ofereceu-lhe, dentro de um saco de couro com fechadura de prata, os ventos que poderiam ser prejudiciais ou perigosos, ordenando que ventos favoráveis levassem os barcos rumo à pátria de Ulisses. Por nove dias, os navios velejaram à frente do vento. Os companheiros de Ulisses abriram o saco pensando que ali haviam tesouros e acabaram voltando para o mesmo lugar. Éolo recuou-se a ajudá-los de novo.
Chegaram à Ilha Eana, onde vivia Circe, a filha do Sol. Desembarcando ali, Ulisses subiu a um morro e, olhando em torno não viu sinais de habitação, a não ser em um ponto no centro da ilha, onde avistou um palácio rodeado de árvores. Ao se aproximarem do palácio, os gregos viram-se rodeados de leões, tigres e lobos, não ferozes mas domados pela arte de Circe, que era uma poderosa feiticeira. Todos esses animais tinham sido homens e haviam sido transformados em feras pelos seus encantamentos. Ulisses ficou do lado de fora e um dos seus companheiros também. Do lado de dentro do palácio vinham os sons de uma música suave e de uma bela voz de mulher que cantava. Uma deusa ofereceu-lhes comida e bebida. Os que ali estavam, foram transformados em porcos. Ulisses voltou ao palácio e conseguiu com a ajuda de Atena, conseguiu livrar seus amigos e forçar Circe a ajudá-los. Ela ensinou aos marinheiros o que deveriam fazer para passar sãos e salvos pela costa da Ilha das Sereias. Circe aconselhou Ulisses a tampar com cera os ouvidos de seus marinheiros, de modo que eles não pudessem ouvir o canto, e a amarrar-se a si mesmo no mastro dando instruções a seus homens para não libertá-lo, fosse o que fosse que ele dissesse ou fizesse, até terem passado pela Ilha das Sereias. Ulisses seguiu estas instruções. Tampou com cera os ouvidos de seus homens e fez com que estes o amarrassem solidamente ao mastro. Ao se aproximarem da Ilha das Sereias, o mar estava calmo e sobre as águas vinham as notas de uma música tão bela e sedutora que Ulisses lutou para se libertar e implorou aos seus homens, por gritos e sinais, que o desamarrassem. Eles, porém, obedecendo às ordens anteriores trataram de apertar os laços ainda mais.
Com a quilha e o mastro flutuando lado a lado, Ulisses formou uma jangada, à qual se agarrou e, tendo o vento mudado, as ondas o levaram à Ilha de Calipso, uma ninfa do mar. Calipso acolheu Ulisses hospitaleiramente, entreteve-o com magnificência, apaixonou-se por ele e procurou retê-lo para sempre, conferindo-lhe a imortalidade. Ele, porém, manteve sua disposição de regressar à pátria, para junto da esposa e do filho. Calipso, afinal, recebeu ordens de Zeus para deixá-lo partir.
Ulisses viajou satisfatoriamente durante muitos dias, até que, afinal, quando já estava à vista da terra, desencadeou-se uma tempestade, que derrubou o mastro e ameaçou fazer soçobrar a embarcação. Nessa situação crítica, ele foi visto por uma ninfa do mar que, compadecida, pousou na jangada, sob a forma de um corvo marinho, e ofereceu-lhe um cinto, aconselhando-o a colocá-lo, pois, se fosse obrigado a se lançar à água, esse cinto o faria flutuar, permitindo-lhe alcançar a terra a nado. Ulisses manteve-se na jangada enquanto esta não se desintegrou e, quando a embarcação não pôde mais suportá-lo, nadou com o cinto em torno do corpo.
Ulisses e Nausícaa, de Michele Desubleo (1602-1676)
Chegou a uma ilha, chamada Esquéria, país dos Feácios. Esse povo morava primitivamente perto dos ciclopes, mas, sendo perseguido por aquela raça de selvagens emigrara para a Ilha de Esquéria, sob a chefia de seu rei, Nausitous. Os feácios dispunham de riquezas abundantes e gozavam a vida livre das ameaças de guerras, pois, como moravam longe dos homens cobiçosos, nenhum inimigo jamais se aproximara de suas praias. A filha do rei da ilha, Nausica, havia sonhado que iria se casar, eis que encontra Ulisses. Ulisses estava nu, cobria suas partes com arbustos. Ao vê-lo, a princesa foi tomada de admiração e não teve escrúpulo em dizer às suas damas que desejaria que os deuses lhe tivessem mandado um marido assim.
Foi em direção a cidade e ficou admirado com o palácio. Ulisses parou em frente a assembleia dos chefes, foi convidado a entrar. Foram colocados diante dele iguarias e vinho, e Ulisses comeu e bebeu. Depois que os convidados saíram e Ulisses ficou a sós com o rei e a rainha, esta perguntou-lhe quem ele era e de onde vinha. Ulisses narrou sua estada na Ilha de Calipso e sua partida de lá; o naufrágio da jangada, como conseguira salvar-se a nado e o socorro que lhe prestara a princesa. O rei e a rainha escutaram com ar de aprovação, e o rei prometeu fornecer um navio para seu hóspede regressar à terra natal. Todos os chefes deram-lhe presentes.
Penélope e os pretendentes - JohnWilliamWaterhouse - 1912
No dia seguinte, Ulisses partiu no navio dos feácios e, dentro de pouco tempo, chegou são e salvo à Ilha de Itaca, sua pátria. Quando o navio chegou à terra, ele estava dormindo. Os marinheiros, sem acordá-lo, levaram-no para a praia, desembarcaram uma arca contendo os presentes que lhe haviam sido oferecidos, depois partiram.
Ulisses estava longe de Itaca há vinte anos e, quando acordou, não reconheceu a terra natal. Atena apareceu-lhe, sob a forma de um jovem pastor, revelou-lhe onde estava e contou-lhe como corriam as coisas em seu palácio. Mais de cem nobres, dali e de cidades vizinhas, vinham pedir a mão de Penélope, sua esposa, julgando-o morto e andavam em seu palácio. Era necessário que ele não fosse reconhecido, para poder vingar-se daquela gente. Assim, Atena o metamorfoseou em um feio mendigo e, como tal, ele foi bondosamente recebido por Eumeu, fiel servidor de sua casa. Seu filho Telêmaco achava-se ausente à procura do pai. Atena avisou que ele deveria voltar. Telêmaco encarou-o com espanto e, a princípio, achou que ele não deveria ser um simples mortal. Ulisses, porém, apresentou-se como seu pai e explicou a mudança de aparência revelando que era devido a Atena.
Entrou no palácio e os outros homens, o trataram mal. Em certo momento, ele revelou sua identidade e matou todos os outros.        

BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia: Histórias de deuses e heróis. Trad. David Jardim.Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. 207 a 247. 
Astral de Clio
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Leituras: A Ilíada.

Texto baseado no livro de Thomas Bulfinch

Atena era deusa da sabedoria, e certa vez quis disputar em um concurso de beleza com Hera e Afrodite.  Zeus não querendo decidir um assunto tão delicado, pediu que as deusas fosse ao Monte Ida, onde o belo pastor Páris apascentava seus rebanhos. Zeus, deu a ele o poder da decisão. As deusas, ofereceram a Páris diversas coisas: Hera prometeu-lhe riqueza, Atena glória e fama na guerra e Afrodite, prometeu ao Páris a mais bela mulher para esposa. Afrodite foi a escolhida.
Páris viajou até a Grécia e foi até os domínios de Menelau onde descobriu que a mulher mais linda do mundo, era sua esposa Helena, aquela que Afrodite havia prometido. Com a ajuda da deusa, Páris conseguiu  convencê-la a fugir com ele. Levou Helena para Tróia.
O Juizo de Páris - Enriq Simonet (1904)
Na Pintura: Atena, Afrodite, Hera e Páris
Menelau apelou para seus irmãos chefes da Grécia, para ajudá-lo. De um modo geral, todos atenderam ao apelo, mas Ulisses, que se casara com Penélope e se sentia muito feliz com a esposa e o filho, não se mostrou disposto a participar de aventura tão incerta. Recuou e Palamedes foi mandado para lembrar-lhe seus compromissos. Quando Palamedes chegou a Ítaca , Ulisses fingiu-se de doido, semeando sal com seu arado. Para experimentá-lo, Palamedes colocou seu filhinho, Telêmaco, em frente do arado, o que levou o pai a desviar-se, para não o matar, mostrando assim. claramente, que não estava louco e que, portanto, não podia se negar a cumprir a promessa feita.
Ulisses tratou de prestar ajuda para convencer outros chefes relutantes, especialmente Aquiles. Este herói era filho de Tétis, uma das mortais, uma ninfa do mar, e sabia que seu filho estava destinado a morrer diante de Tróia se participasse da expedição, pelo que tratou de evitar que ele fosse. Mandou-o, então para a corte do rei Licomedes e convenceu-o a esconder-se entre as filhas do rei, disfarçado de mulher. Sabendo que ele ali se encontrava, Ulisses, disfarçado de mercador, foi ao palácio, oferecendo á venda ornamentos  femininos, entre os quais, colocou algumas armas. Enquanto as filhas do rei se deleitavam com outros artigos apresentados pelo mercador, Aquiles manejava as armas. Ulisses não teve grande dificuldade em persuadi-lo a desrespeitar os prudentes conselhos maternos e juntar-se a seus Patrícios na guerra.
O amor de Helena e Páris -
Jacques-Louis David, 1788
O rei de Tróia era Príamo, e Páris, o pastor que seduzira Helena, seu filho.
Pela parte grega, Agamênon, rei de Micenas e irmão do injuriado Menelau, foi escolhido para comandante-chefe. Aquiles era o mais ilustre guerreiro. Depois dele vinham: Ajax, de estatura gigantesca e grande coragem, mas pouco inteligente; Diomedes, superado apenas por Aquiles em suas qualidades de herói; Ulisses, famoso por sua sagacidade; e Nestor, o mais velho dos chefes gregos e procurado por todos como conselheiro.
Tróia, porém não era um inimigo desprezível. Príamo, o rei, estava velho, mas fora um príncipe esclarecido e fortalecera seu estado, graças a um bom governo e a numerosas alianças com os vizinhos.
Os gregos foram para Tróia. A guerra prosseguiu, sem resultado decisivo, durante nove anos. Ocorreu, então, um acontecimento que pareceu fatal à causa dos gregos e que foi a disputa entre Aquiles e Agamênon.  Ao saquear os aliados dos troianos, Agamenon tomou para si, como escrava, Criseida, filha de Crises, sacerdote de Apolo. Crises se dirige ao rei grego e pede a filha de volta.  Entretanto, Agamenon se recusa a devolver Criseida. O sacerdote, então, invoca Apolo e pede-lhe vingança. Apolo atende prontamente e durante nove dias os gregos padecem de uma peste virulenta. Aquiles descobre através de Hera o que acontecia. Agamenon concorda em restituir Criselda, desde que receba alguma compensação.  Ele revela que quer Briselda, a cativa que coube a Aquiles, e que vai tomá-la dele, nem que seja à força. Aquiles deixa a guerra por conta disso e segue para seu barco. Depois, homens vão atrás de Aquiles para buscar Briselda. Ele, injuriado, entrega a moça aos enviados. Sozinho, à beira mar, borbulhando de raiva, Aquiles invoca Tétis, sua mãe. Ela se dispõe a atende-lo, fala com Zeus, pedindo que os gregos se arrependerem da injustiça praticada contra seu filho, concedendo o sucesso às armas troianas. Zeus atendeu o pedido e, na batalha que se seguiu, os troianos saíram vitoriosos e os gregos, expulsos do acampamento, tiveram de refugiar-se nos navios. Agamênon convocou, então, um conselho dos chefes mais sábios e mais valentes. Nestor sugeriu que convencessem Aquiles, para voltar ao acampamento e que Agamênon restituísse a donzela causadora da disputa, com grandes presentes, para corrigir o erro cometido. Agamênon concordou, e Ulisses, Ajax e Fênix foram encarregados de transmitir a Aquiles a mensagem de arrependimento. Aquiles se recusou.
No dia seguinte àquele em que fora enviada a Aquiles a malsucedida embaixada travou-se uma batalha, e os troianos, favorecidos por Hera, conseguiram abrir passagem e chegar perto dos gregos. Poseidon, vendo os gregos em situação tão crítica, foi em seu socorro. Ajax, encontrou-se com Heitor (troiano, filho do rei Príamo), e o desafiou.
Enquanto Poseidon ajudava, Zeus nada via do que se passava, pois sua atenção fora desviada do campo de batalha, pelas artimanhas de Hera. Zeus percebeu e conteu Hera. Reanimou Heitor que estava ferido. Apolo o ajudou.
Pátroclo, companheiro de Aquiles, que o acompanhou, soube da desgraça dos companheiros, e contou a Aquiles. Este não quis retornar a batalha mas cedeu seus soldados para que Pátroclo fosse.
Aquiles e Patroclo -
SanGulina on DevianT Art
Até então, Pátroclo fora bem-sucedido em seu desejo de repelir os troianos e aliviar seus patrícios, mas ocorreu, depois, uma mudança da fortuna. Heitor, em seu carro, enfrentou-o. A luta estava acirrada, quando um troiano atingiu Pátroclo nas costas, e Heitor, avançando, trespassou-o com a lança. Ele caiu mortalmente ferido. Travou-se, então, uma luta feroz para disputa do corpo de Pátroclo e a armadura de Aquiles que estava com Pátroclo, caiu nas mãos de Heitor. Ajax e Menelau defenderam o corpo de Heitor e com seus mais valentes guerreiros lutaram para capturá-lo. A batalha prosseguia indecisa, quando Zeus nvolveu em escura nuvem toda a face do céu. Relâmpagos cortaram o espaço, o trovão reboou, e Ajax, olhando em torno, à procura de alguém que pudesse enviar a Aquiles para contar-lhe a morte do amigo e o iminente perigo que corriam seus restos de cair em poder dos troianos, não pôde ver um mensageiro à altura. Foi então que exclamou, conforme os versos tantas vezes citados: 


“Pai da terra e do céu!
Livrai, imploro,
O céu e a terra desta treva espêssa!
Se quereis nos punir, nós nos curvamos
Mas dexai-nos morrer à luz do dia.”   
          
   Zeus ouviu as preces e dispersou as nuvens. Os gregos conseguiram, afinal, levar o corpo para o navio, perseguido de perto por Heitor, Enéias e os demais troianos. Aquiles ficou sabendo e ficou desolado. Encontrou-o tomado de remorsos por haver levado tão longe seu ressentimento e permitido que o amigo caísse como vítima. Queria correr imediatamente até Heitor para matá-lo mas lembrou que estava sem armadura e esperou sua mãe Tétis enviar-lhe outra bem melhor, forjada por Hefesto, deus do fogo.
Vestido nela, correu até os companheiros. Pondo de lado o seu ressentimento contra Agamênon e lamentando amargamente os males que dele havia resultado, apelou para os chefes no sentido de que se dirigissem imediatamente ao campo de batalha. Agamênon respondeu sem demora, lançando toda a culpa do ocorrido a Éris, a deusa da discórdia, e os dois heróis reconciliaram-se plenamente. Aquiles, então, lançou-se à batalha excitada pela ira e pela sede de vingança. Os mais bravos guerreiros fugiam dele ou caíam sob sua lança. Apolo, resolvendo ajudar os Troianos, lançou uma nuvem e ajudou-os a fugir. As muralhas de Tróia foram abertas para receber os fugitivos. Heitor ficou do lado de fora, porque assim quis, por desespero dos pais. Em batalha, Aquiles matou Heitor e este pediu:
“Poupa meu corpo! Permite que meus pais o resgatem e que eu receba os ritos fúnebres por parte dos filhos e filhas de Tróia.”
Ao que Aquiles respondeu:
“Cão! Não fales em resgate nem peças piedade a mim, a quem tanto fizeste sofrer. Não! Podes estar certo de que coisa alguma livrará dos cães tua carcaça. Eu recusaria entregá-la, ainda que fossem oferecidos vinte resgates e teu peso em ouro.”
Príamo aos pés de Aquiles -
Joseph Wencker, 1876.





Assim dizendo, retirou a armadura do cadáver e, amarrando-o pelos pés, com cordas, ao seu carro, arrastou-o, para cá e para lá, diante da cidade.
O velho rei Príamo e a rainha Hécuba, ficaram desolados. Os cidadãos rodearam os dois, chorando. As lamentações chegaram aos ouvidos de Andrômaca, esposa de Heitor. Ao ver o espetáculo, quis atirar-se do alto das muralhas, mas desmaiou e caiu nos braços de suas servas.
Depois de se terem vingado do matador de Pátroclo, Aquiles e os outros gregos trataram de prestar as devidas honras fúnebres a seu amigo. Foi erguida uma fogueira e o corpo queimado com toda a solenidade. Aquiles continuou arrastando o corpo de Heitor pelo chão, mas este não se desfigurara, por ajuda de Apolo. Zeus, pediu a Métis que convencesse o seu filho a entregar o corpo de Heitor a seus amigos. O rei Príamo foi pedi-lhe, levando uma soma de valor inestimável em joias. Aquiles entregou o corpo. Em Tróia, o povo correu para contemplar o rosto do seu herói. 

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Oh meu Zeus!: Os escravos fugidos e a carne de porco

- Então gente, os escravos no período do Império aqui no Brasil, não aceitavam a situação que lhes foram impostas e fugiam para longe dos maus tratos. Formavam comunidades autônomas, com muitos outros escravos na mesma situação.
- Eh verdade professora! Eles iam prus quilombos!
- Noossa, Qui - lombo! Ahhuahuahhuaha
- Dãnnnnnnnnnnnnnnn!
- Eu não como carne de porco. Minha religião não permite...
- Ahuahuahauuhauahahuaha
- O que o porco tem a ver com isso menina? ¬¬
- Nada não professora, nada não...

Deliçaaaaaaaaaaaaaaa!


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sexta-feira, 27 de julho de 2012

A festa de Olímpia e as olimpíadas 2012

Vaso grego, retratando uma corrida estilo "stádion".
A cerâmica grega em suas diversas variedades são objetos
repletos de informações para a história, não só pela forma
destas cerâmicas, como para analise
do que nela vem retratado.

Festa em Olímpia!
A cada quatro anos eram organizados jogos para homenagear nosso grande pai Zeus, o deus de todos os gregos. O lugar onde estas competições aconteciam, era a cidade Olímpia (Ará!). Esta cidade era a referência à morada dos deuses na altíssima montanha sagrada.

O mais interessante é que, a semana de jogos era o período de trégua na Grécia Antiga. Pena que, os jogos olímpicos modernos não é motivo para trégua ou até resolução pacífica das guerras que acontecem atualmente no mundo. Enquanto a pouco em Londres ocorreu a festa de abertura dos jogos olímpicos de 2012, a guerra síria também fez hoje uma criança de três anos como vítima.Os atletas sírios, representam nas olimpíadas deste ano, um país em extrema crise político-social. "Queremos mostrar ao mundo uma imagem diferente do que a que tem sido dada pelas estações de televisão por satélite'', disse Ghofrane Mohammed, um velocista de 23 anos ao portal português Futebol365.
Atual cerimônia que acontece em Olímpia para a entrega da tocha
para os jogos e simula os antigos ritos.

Um tema abordado na abertura das Olimpíadas de Londres, foi a Revolução Industrial inglesa, trazendo operários que forjavam o aço para as famosas argolas olímpicas. Inclusive, o mascote desta olimpíada, ao invés de trazer um bichinho fofinho peludinho, é uma gota de aço andante! Foi uma idéia bizarra que ficou até simpática.

A maioria das modalidades da Grécia Antiga eram voltadas à corrida e você pode imaginar diversas variações disto: a corrida simples, de velocidade ou "stádion", a corrida dupla "díaulos", duas voltas ¬¬, a corrida de fundo ou "dólikhos" que somava até 4km de distância, a corrida armada ou "hoplitodromía", onde o cidadão se vestia com todas as suas armaduras (a hopla, o armamento dos hoplitas) e saia correndo atrás de inimigo nenhum! Para somar todo este cansaço, haviam também a corrida com tocha ou “lampadedromía", que é justamente a corrida de reversamento com tochas, tão famosa nas cerimônias das olimpíadas modernas.

Além das modalidades de corrida, ainda haviam lançamento de discos e de dardos. Na modalidade luta "pále", os participantes não podiam dar socos ou chutes. Eles deveriam lutar com as mãos abertas! Ao final, o oponente deveria cair com os dois ombros no solo. Bem, haviam também o salto, a corrida de carros, o hipismo...

Em um período mais moderno, as modalidades mais bizarras das olímpiadas iam desde tiro ao pombo (Paris, 1900) onde os participantes deveriam matar mais pombinhas em menos tempo (imagina se fosse na praça da Sé em São Paulo...), até levantamento de peso com uma mão (Atenas, 1896)!

Mas com certeza, se houverem Olimpíadas de Jokenpô, esse robozinho aí em baixo, será sempre campeão. Ahh pára! Sacanagem.



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