quinta-feira, 26 de julho de 2012

Cartas de Guerra



Como mencionado no post anterior, foi só preciso um pouquinho de mágica para os alunos se tornarem  soldados valentes, frágeis, empolgados, melancólicos!

Seguem abaixo alguma delas:

Carta produzida por: Mylena Correia - 9º Ano (A) - E.E. Profº Antônio Firmino de Proença

Alemanha, 17 de Abril de 1914

Querido pai,

As cenas que relatarei a seguir são muito fortes! Então por favor não deixe a mamãe ler. Prometo que escrevo outra carta para tranquilizá-la.

Não começo muito bem a carta pois tenho que lhe informar que Vlademir morreu por causa de uma anemia. Não seria surpresa: a gente come um prato de comida por dia. 

O corpo deve chegar um dia depois da minha carta, então dará tempo de você avisar a tia Ketelyn. Ela com certeza entrará em choque! Logo ela, que não deixava ele sair da mesa sem comer o último grão de arroz. O que me deixa mais angustiado é não poder ver o meu primo ser enterrado.

O pior é ir dormir sabendo que não poderemos acordar. É preferível viver mais um dia nesse lugar horrível com o sonho de rever a família a ter que morrer sem seu abraço, o carinho da mamãe, os beijos da vovó e a voz calma e doce da minha irmã.

Infelizmente, nessa trincheira, a única coisa confiável é nossa arma. Mesmo assim, quando ouço um tiro sendo disparado em um homem, isso me atinge de alguma forma, pois imagino como a sua família irá reagir. Como será que eu ainda tenho força para segurar uma arma se a qualquer momento uma delas pode me matar...


Carta produzida por: Adjhonson - 9º Ano (C) - E.E. Profº Antônio Firmino de Proença

Querida Irmã,

Saiba que estou com muitas saudades, meu coração bate forte pensando em você e na mamãe, não vejo a hora desta guerra chegar ao fim para eu voltar ao encontro de toda a família, eu rezo todos os dias para me manter vivo e voltar para casa para poder ficar com vocês novamente.

Carta produzida por: Igor dos Santos - 9º Ano (A) - E.E. Profº Antônio Firmino de Proença

Alemanha, 14 de Abril de 1915
Querida Família,
Como estão? Aqui a guerra apenas começou. Ainda tem muito pela frente, mas acho que conseguiremos ganhar essa guerra. Por enquanto estou na retaguarda, mais tarde vou para a ofensiva. 
A vida aqui na trincheira é muito difícil. Já perdemos dois amigos. Enterramos mas os ratos se alimentam dos corpos. 
Muitos militares aqui não aguentam, então ficam loucos e se matam ou se machucam para voltar para casa.

Não vejo a hora de beber água da torneira e não de poças de água sujas.

Muitas saudades de vocês.

Igor. 
Carta produzida por: Felipe Santos - 9º Ano (C) - E.E. Profº Antônio Firmino de Proença

Querida família,

Já perdi as esperanças nesta guerra. Já estou aqui neste lugar imundo, com ratos comendo nossa comida, há quatro meses. Muitos amigos de guerra já morreram de forma cruel.
Estou ficando louco, vi amigos atirando em si para ir para casa. Muitos foram condenados a morte por causa disso. Matei diversos inimigos, fui punido diversas vezes, mas não me importo com isso mais. Só me importo em volta para casa e ficar com minha linda família.  

Carta produzida por: Bruna - 9º Ano (B) - E.E. Profº Antônio Firmino de Proença

Inglaterra, 26 de Janeiro de 1916

Querido pai,
Te escrevo esta carta para que saiba que estou bem, que ainda estou inteiro, e pode-se dizer que de alguma maneira "estou vivo". Estou vivo entre aspas já que a vida aqui é de um jeito que parece mais um inferno. Ver morrer meus colegas o tempo todo, ter que ficar nas trincheiras por dias... Comer ou não comer na verdade já nem sinto fome, assim como não sinto nada. Já derramei tantas lágrimas por tanto sofrimento que me sinto seco e vazio. Às vezes até penso que não tenho mais coração, nem alma. Peço a Deus todos os dias que me dê força para continuar lutando e conseguir um dia chegar até você.
Pai, não quero que se preocupe por mim porque você criou um filho forte que vai conseguir suportar tudo isso até o final. Eu não sei se meu final vai sair amanhã ou em cem anos e também não sei se vou conseguir sair daqui vivo, mas eu sei que aconteça o que acontecer eu vou te levar em meu coração e sempre vou fica aí do seu lado.
Pai, se você não me ver mais, tenha certeza que eu estou aí e se você quer chorar ou somente falar, eu vou te ouvir.
Não peço que você sinta saudade de mim, mas sim que não me esqueça.
Do teu filho que te ama,
Julian
COMUNICADO
Sr. Anderson, sinto-lhe informar que na noite que esta carta foi entregue,
o soldado Julian morreu com um tiro no coração.
Meus pêsames,
Tenente Jhon


Astral de Clio


0 comentários:

Postar um comentário

Sample Text

:)

Marcadores

Ads 468x60px

Social Icons

https://twitter.com/AstraldeClio

Featured Posts

© 2011 Astral de Clio, AllRightsReserved.

Designed by ScreenWritersArena